IAT alerta para aparecimento de animais silvestres em áreas urbanas 09/09/2020 - 17:06

Moradores de Paranaguá, no Litoral do Paraná, se depararam com um jacaré-de-papo-amarelo e com uma família de gambás. Animais como estes estão no habitat natural, mas com a expansão urbana ficam ilhados em áreas pequenas. Orientação é sempre acionar os órgãos ambientais.

 

Moradores do bairro Porto Seguro, em Paranaguá, no Litoral do Estado, convivem com um jacaré-de-papo-amarelo que surgiu há duas semanas no Rio da Vila, afluente do Rio Itiberê. Com cerca de 1,5 metro de comprimento, o animal da espécie Caiman latirostris é jovem e aparece na beira do rio para se aquecer com os raios solares, escondendo-se novamente no fundo das águas.

De acordo com a bióloga Fernanda Felisbino, do Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, o animal chama a atenção de moradores, mas está no seu habitat natural. “É o ambiente natural dele. O que aconteceu foi a expansão urbana, que acabou ilhando animais como esse em lugares pequenos”.

Esses animais vivem em bacias litorâneas nos rios da Mata Atlântica e a proximidade de uma Unidade de Conservação – o Parque Estadual do Palmito – explica a aparição do réptil em perímetro urbano. Considerados animais de sangue frio (ectortérmicos), os jacarés normalmente se aquecem em repouso na beira dos rios nas horas mais quentes do dia.

A bióloga lembra que eles são carnívoros de topo de cadeia e, por isso, importantes para a manutenção do ciclo de vida natural ao se alimentarem de animais mais velhos e doentes que não conseguem escapar de suas investidas.

A orientação do órgão ambiental é não se aproximar. A bióloga também alerta que maltratar qualquer tipo de animal é crime.

O artigo 24 do Decreto Federal nº 6.514/2008 declara como crime contra a fauna matar, perseguir, caçar, apanhar, coletar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, com a pena variando entre detenção de seis meses a um ano e multa.

RESGATES - Duas onças-pardas foram resgatadas em áreas urbanas no mês passado e devolvidas ao habitat natural. Uma delas estava em uma árvore no terreno de uma casa no município de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e foi solta na Serra do Mar, em uma parceria que envolveu o IAT, Corpo de Bombeiros, Polícia Ambiental - Força Verde, Zoológico de Curitiba e Guarda Municipal de São José dos Pinhais.

O outro animal foi achado no assoalho de uma casa em Quedas do Iguaçu, no Oeste. O felino também foi resgatado em segurança e encaminhado ao Zoológico de Cascavel.

Ao se deparar com animais selvagens, a orientação é acionar o Batalhão de Polícia Ambiental - Força Verde pelo telefone 180, o Corpo de Bombeiros (181) ou o escritório regional do IAT mais próximo. Em Curitiba o telefone do órgão ambiental é (41) 3213-3830. Não é indicado se aproximar dos animais, nem tentar imobilizá-los sem a ajuda de profissionais.

 

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Família de gambás é encontrada em residência em Paranaguá

Uma família de gambás foi encontrada nesta terça-feira (08) no forro de uma residência na Ilha dos Valadares, pertencente ao município do Paranaguá, no Litoral do Estado. A mãe e os seis filhotes foram devolvidos ao habitat natural, no Parque Estadual do Palmito nesta quarta-feira (09).

Os animais foram resgatados por técnicos do Instituto Água e Terra (IAT), em parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Guarda Municipal de Paranaguá.

A casa onde a família de gambás foi encontrada é de um casal de idosos, que cuidadosamente os colocaram em uma caixa com furos para garantir a respiração dos animais. A bióloga e chefe do Setor de Fauna do IAT, Paula Vidolin, ressalta que o procedimento foi correto e que é necessário sempre acionar os órgãos ambientais para informar o aparecimento de animais silvestres.

“São os órgãos ambientais que irão providenciar o resgate e a soltura dos animais em ambientes seguros”. afirmou. Os gambás contribuem para a saúde humana, pois se alimentam de carrapatos que transmitem doenças, ou seja, são controladores de zoonoses e pragas.

 

Saiba mais sobre o trabalho da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo em:
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