O secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável do Paraná, Rafael Greca, visitou nesta sexta-feira (27) a Fazenda Experimental da Embrapa Florestas, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. A agenda institucional teve como objetivo fortalecer o apoio do Governo do Estado às pesquisas ambientais desenvolvidas pela unidade, com destaque para os estudos voltados à conservação e uso sustentável da Araucária, árvore-símbolo do Paraná.

Durante a visita, o secretário conheceu os mais recentes avanços científicos no cultivo da Araucária, como a técnica da enxertia, que permite a clonagem da espécie a partir de galhos e até do tronco da árvore-mãe. Também acompanhou o trabalho realizado no viveiro de mudas, onde são testadas variedades com diferentes ciclos de produção, com o objetivo de viabilizar a colheita de pinhões ao longo de todo o ano.

“Vim buscar, para o futuro do Paraná, uma cadeia produtiva para o pinhão, que está sendo estudada aqui na Embrapa. A meta é que possamos, futuramente, ter fazendas de pinhão em todo o Estado”, afirmou o secretário Greca.

A visita foi acompanhada pelo chefe-geral da Embrapa Florestas, Marcelo Arco-Verde, que ressaltou a importância do uso sustentável como estratégia de conservação da Araucária. “A preservação da espécie passa pelo aproveitamento responsável, com geração de renda e valorização da floresta”, destacou.

Na mesma linha, o pesquisador Ivar Wendling reforçou o potencial produtivo da espécie. “Queremos mostrar que a Araucária pode ser atrativa ao produtor rural, assim como a erva-mate. É possível integrar a cultura com pastagens e outras atividades, maximizando o uso das áreas e o retorno econômico”, explicou.

Em um dos momentos da visita, o secretário participou do descerramento simbólico da placa de plantio de uma das quatro mudas clonadas de uma Araucária milenar, com aproximadamente 700 anos, que agora passa a ser preservada e estudada nas instalações da Embrapa. A agenda também incluiu a apresentação de outras frentes de pesquisa, como o uso da celulose branqueada — o polímero natural mais abundante do mundo — em aplicações biomédicas, como o tratamento de queimaduras.