Curso sobre toxicologia aquática reúne técnicos e especialistas dos órgãos ambientais 04/10/2013 - 12:02
A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, em parceria com o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Toxicologia Aquática (INCT-TA) promoveram, nos 02 e 03 de outubro, o I Curso de Ecotoxicologia Aquática para a Gestão Ambiental. O objetivo é capacitar os técnicos que atuam nas áreas de monitoramento, fiscalização e controle ambiental.
O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida, disse na abertura do evento que a política estadual de recursos hídricos tem como foco principal a manutenção e melhoria da qualidade da águas dos rios e mares.
"Após este curso de capacitação, vamos sugerir ao Conselho Estadual de recursos Hídricos a inclusão da análise de substâncias tóxicas que podem causar danos à saúde humana no valor que será cobrado dos grandes usuários pelo uso da água ", informou Cheida, que é médico.
A cobrança pelo uso da água acaba de ser implementada, pioneiramente pelo Paraná, em uma das treze bacias hidrográficas do estado.
A medida é respaldada pelo artigo 22 da Lei Federal de Recursos Hídricos (9.433/1997) que considera a toxidade como parâmetro para a cobrança pelo lançamento de esgotos e demais resíduos nos corpos hídricos.
EXEMPLOS - Entre as substâncias consideradas tóxicas à saúde humana e ao meio ambiente estão os metais pesados, os compostos orgânicos e hidrocarbonetos de petróleo e os agrotóxicos.
Os testes ecotoxicológicos são muito utilizados em casos de grandes acidentes ambientais. Em 2004, por exemplo, quando ocorreu a explosão do navio chileno Vicuña, em Paranaguá, os testes ecotoxicológicos foram fundamentais para definição do valor da multa aplicada pelos danos ambientais causados aos ecossistemas e comunidades ribeirinhas.
Ana Márcia Altoé Nieweglowski, técnica da Secretaria do Meio Ambiente, acredita que o aperfeiçoamento profissional é fundamental para ampliar o campo de atuação e para garantir maior controle do lançamento de efluentes tóxicos nas bacias hidrográficas e ecossistemas do Paraná.
"O uso da ecotoxicologia nos ajudará a definir processos de licenciamento ambiental e multas, caso os técnicos possam evidenciar a emissão de substâncias tóxicas à saúde humana, à fauna aquática e o comprometimento dos corpos hídricos", ressaltou Ana Márcia.
CAPACITAÇÃO - O curso faz parte do Programa de Toxicologia Aquática do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Entre os temas abordados estão histórico de envenenamento humano ocorridos pela ingestão de substâncias tóxicas encontradas no meio ambiente, os primeiros testes e técnicas desenvolvidas para detectar intoxicação e o novo conceito de substâncias que podem alterar a fisiologia dos seres vivos, os chamados desreguladores endócrinos.
A professora Helena de Assis, que ministrou o curso, disse que o objetivo é capacitar os profissionais para uma leitura mais ampla dos critérios e parâmetros ecotoxicológicos estabelecidos pela legislação estadual e federal."Estamos trazendo informações complementares para a interpretação dos resultados de monitoramento e controle da qualidade dos recursos hídricos", relatou Helena, que é médica veterinária, doutora em Ciências Naturais-Ecotoxicologia pela Universidade Técnica de Berlim e pós-doutora em genômica ambiental pela Universidade de Ottawa.
Participam do curso técnicos da Secretaria do Meio Ambiente, do Conselho Estadual do Meio Ambiente, do Instituto Ambiental do Paraná, do Instituto das Águas do Paraná, do Ibama, Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Sanepar.
O programa do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Toxicologia Aquática é composto por conteúdos teóricos e de extensão, incluindo visitas a escolas e órgãos públicos para disseminar os resultados das pesquisas desenvolvidas pela academia.
O QUE É - A ecotoxicologia é uma área da toxicologia ambiental que estuda os efeitos ocasionados por agentes químicos e físicos sobre as populações e ecossistemas, sejam eles aquáticos ou terrestres.
O objetivo é que os resultados possam auxiliar na proteção, no diagnóstico e no tratamento de ambientes impactados com substâncias tóxicas.
O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida, disse na abertura do evento que a política estadual de recursos hídricos tem como foco principal a manutenção e melhoria da qualidade da águas dos rios e mares.
"Após este curso de capacitação, vamos sugerir ao Conselho Estadual de recursos Hídricos a inclusão da análise de substâncias tóxicas que podem causar danos à saúde humana no valor que será cobrado dos grandes usuários pelo uso da água ", informou Cheida, que é médico.
A cobrança pelo uso da água acaba de ser implementada, pioneiramente pelo Paraná, em uma das treze bacias hidrográficas do estado.
A medida é respaldada pelo artigo 22 da Lei Federal de Recursos Hídricos (9.433/1997) que considera a toxidade como parâmetro para a cobrança pelo lançamento de esgotos e demais resíduos nos corpos hídricos.
EXEMPLOS - Entre as substâncias consideradas tóxicas à saúde humana e ao meio ambiente estão os metais pesados, os compostos orgânicos e hidrocarbonetos de petróleo e os agrotóxicos.
Os testes ecotoxicológicos são muito utilizados em casos de grandes acidentes ambientais. Em 2004, por exemplo, quando ocorreu a explosão do navio chileno Vicuña, em Paranaguá, os testes ecotoxicológicos foram fundamentais para definição do valor da multa aplicada pelos danos ambientais causados aos ecossistemas e comunidades ribeirinhas.
Ana Márcia Altoé Nieweglowski, técnica da Secretaria do Meio Ambiente, acredita que o aperfeiçoamento profissional é fundamental para ampliar o campo de atuação e para garantir maior controle do lançamento de efluentes tóxicos nas bacias hidrográficas e ecossistemas do Paraná.
"O uso da ecotoxicologia nos ajudará a definir processos de licenciamento ambiental e multas, caso os técnicos possam evidenciar a emissão de substâncias tóxicas à saúde humana, à fauna aquática e o comprometimento dos corpos hídricos", ressaltou Ana Márcia.
CAPACITAÇÃO - O curso faz parte do Programa de Toxicologia Aquática do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Entre os temas abordados estão histórico de envenenamento humano ocorridos pela ingestão de substâncias tóxicas encontradas no meio ambiente, os primeiros testes e técnicas desenvolvidas para detectar intoxicação e o novo conceito de substâncias que podem alterar a fisiologia dos seres vivos, os chamados desreguladores endócrinos.
A professora Helena de Assis, que ministrou o curso, disse que o objetivo é capacitar os profissionais para uma leitura mais ampla dos critérios e parâmetros ecotoxicológicos estabelecidos pela legislação estadual e federal."Estamos trazendo informações complementares para a interpretação dos resultados de monitoramento e controle da qualidade dos recursos hídricos", relatou Helena, que é médica veterinária, doutora em Ciências Naturais-Ecotoxicologia pela Universidade Técnica de Berlim e pós-doutora em genômica ambiental pela Universidade de Ottawa.
Participam do curso técnicos da Secretaria do Meio Ambiente, do Conselho Estadual do Meio Ambiente, do Instituto Ambiental do Paraná, do Instituto das Águas do Paraná, do Ibama, Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Sanepar.
O programa do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Toxicologia Aquática é composto por conteúdos teóricos e de extensão, incluindo visitas a escolas e órgãos públicos para disseminar os resultados das pesquisas desenvolvidas pela academia.
O QUE É - A ecotoxicologia é uma área da toxicologia ambiental que estuda os efeitos ocasionados por agentes químicos e físicos sobre as populações e ecossistemas, sejam eles aquáticos ou terrestres.
O objetivo é que os resultados possam auxiliar na proteção, no diagnóstico e no tratamento de ambientes impactados com substâncias tóxicas.