Em Maringá, municípios da região norte discutem gerenciamento do lixo 08/08/2013 - 09:00

Mais uma Conferência Macrorregional de Meio Ambiente foi realizada nesta quarta-feira (07) para discutir o gerenciamento dos resíduos sólidos de Maringá e de outros 112 municípios da região norte do estado.

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida, falou sobre a importância da gestão correta dos resíduos, que podem se transformar em grande fonte de renda: “O Estado produz 20 mil toneladas de lixo por dia e 85% devem ser reaproveitados e colocados novamente na cadeia produtiva, gerando renda e prolongando a vida útil dos aterros sanitários”.

Conforme prevê a Política Nacional de Resíduos Sólidos, o Paraná está incentivando a implantação de aterros por meio da formação de consórcios intermunicipais, um dos principais temas debatidos nas conferências. “Trabalhando em conjunto, os municípios terão maior escala de produtos reciclados e aí aumentam as possibilidades de geração de renda e benefícios para as cidades”, avaliou o secretário Cheida.

O coordenador de Resíduos Sólidos da Secretaria do Meio Ambiente, Laerty Dudas, explicou que todos os municípios têm o prazo até agosto do ano que vem para se adequar à Lei 12.305/10, que prevê o gerenciamento correto dos resíduos: “As cidades que não estiverem cuidando de seus resíduos terão dificuldades de conseguir recursos e ajuda dos governos estadual e federal. Por isso, estamos percorrendo todo o Paraná, auxiliando as prefeituras na implementação das ações de gerenciamento do lixo”.

REGIÃO – Na Conferência Macrorregional de Maringá foram apontadas ações positivas que já são adotadas na região e que podem servir de modelo para outras cidades. Em Maringá, por exemplo, a prefeitura está atualizando o cadastro das empresas para identificar todo o lixo produzido na cidade.

O diretor da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, José Luiz Nardo, explicou que este cadastro faz parte do plano de gerenciamento dos resíduos sólidos, onde cada empresa deve declarar o tipo de resíduos que gera, como são feitas a coleta e a destinação final. “Com este diagnóstico em mãos poderemos controlar e acompanhar a produção dos resíduos na cidade e agilizar a fiscalização em todo município”.

O diretor mencionou ainda que a administração municipal tem apoiado também as ações da iniciativa privada na gestão dos resíduos: “Temos o exemplo de uma empresa que coleta atualmente 50 toneladas de lixo orgânico por dia na cidade e faz a compostagem destes resíduos. Isso ajuda o município, os empresários que estão investindo no segmento e os funcionários. O resultado é tão positivo que a empresa entrou com pedido para dobrar a coleta, passando para 100 mil toneladas por dia”.

O prefeito de Astorga, Arquimedes Ziroldo, trouxe para a conferência a proposta de gestão regionalizada para os 30 municípios da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep).

“O nosso projeto prevê a implantação de quatro consórcios regionais para atender as cidades. A atuação começaria na coleta do lixo, passando pela reciclagem, com a implantação de uma usina de aproveitamento de resíduos da construção civil e fechando com os aterros sanitários”, explicou o prefeito.

Segundo Arquimedes, a ideia da regionalização na implantação dos aterros poderá ser ampliada para outras ações das prefeituras, agilizando obras e benfeitorias em todas as áreas.

PROGRAMAÇÃO - A quinta e última etapa macrorregional das conferências de meio ambiente será realizada nesta sexta-feira (09), em Cascavel. A etapa estadual acontece no mês de setembro, em Foz do Iguaçu, e reunirá representantes de todas as regiões do Paraná. Já a 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente será em outubro, em Brasília, e também contará com representantes paranaenses.


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