Meio Ambiente assina termo de compromisso com sete setores industriais para logística reversa 15/12/2014 - 17:10
A Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema) e a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) assinaram, nesta segunda-feira (15), um termo de compromisso para a implantação de planos de logística reversa que serão implementados através dos sindicatos dos setores de Alimentos de Origem Vegetal; Construção Civil, Eletricidade, Gás, Água, Obras e Serviços do Estado do Paraná; Madeira e Móveis; Metalmecânico; Minerais Não Metálicos e Reparação de Veículos.
A ação, inédita no Paraná, permitirá o recolhimento de resíduos como estopa, óleo lubrificante usado, baterias de automóveis, embalagens de pão, madeira, ferro, tijolos, metais, sucata, restos de borracha, postes inutilizados, artefatos de concreto, cabos e entre outros.
Os planos contém todas as indicações do que os setores devem fazer para viabilizar na prática a logística reversa - conforme prevê a Lei Nacional de Resíduos Sólidos, nº 12.305/10 e a Lei Estadual. "O Paraná é o único estado que tem o Plano de Logística Reversa, ou seja, é o comprometimento do Estado com a indústria paranaense pela sustentabilidade. Significa que o que antes era considerado lixo, hoje volta para cadeia de produção. São milhões de toneladas de lixo que antes eram desperdiçadas e que agora temos como um novo produto agregado. Isso e um ganho para o setor produtivo e para o meio ambiente", afirma o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos Caetano de Paula Junior.
O prazo para a implementação dos planos - elaborados com a consultoria do SENAI do Paraná - é de 10 anos. Os sindicatos serão responsáveis pela gestão da informação, monitorando e levando à Sema as etapas e metas cumpridas.
O coordenador de resíduos sólidos da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Carlos Garcez, explica que como o assunto ainda é novo, é preciso que se tenha um prazo mais longo para a implantação e execução do sistema de logística reversa.
“O mercado ainda não está preparado para a Logística Reversa, por isso temos que pensar a longo prazo. É preciso dar um tempo considerável para que os setores implantem o sistema, já que é um plano minuncioso e depende da demanda de cada um dos setores envolvidos”.
Com a assinatura, a Secretaria do Meio totaliza 17 termos de compromisso já firmados com a Indústria, um avanço se comparado com a política de logística reversa do Governo Federal que só possui um termo de compromisso firmado até o momento.
Empresas – Rosângela Damasceno, gerente executiva do Sindirepa Paraná, que representa o setor de reparação de Veículos em Curitiba e Região Metropolitana, conta que o plano do setor atende 10 sindicatos de todo o Estado e que pretende fazer com que as empresas associadas tenham uma ação especifica de separação de resíduos e destinação correta do que geram. “A maior função do plano é fazer com que as empresas associadas cumpram as regras. Por isso, na primeira fase de implantação, vamos trabalhar com a conscientização, com a educação ambiental. Mostrar que seguindo o plano, todos ganham”, explica.
Uma cartilha para identificação dos resíduos e a implementação dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) nas empresas, já foi realizado pelo Sindirepa. Cerca de 400 empresas já aderiram ao programa interno e de acordo com Rosângela, a meta é que em 2015, mil empresas estejam prontas a aderir. Além do Sindirepa Paraná, o plano inclui também os sindicatos de reparação de veículos com base em outros nove municípios: Bandeirantes, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guarapuava, Maringá, Paranavaí, Ponta Grossa, Toledo e Umuarama.
Minerais Não Metálicos - Priscila Jaronski – responsável pela Logística Reversa do setor de Minerais Não Metálicos, disse que o segmento pretende antecipara meta de dez anos para cinco anos. O plano do setor de Minerais consiste basicamente em dar a destinação correta para os resíduos de óleo de caminhão, e para os pallets, muito utilizados neste setor. O plano é multisetorial, atingindo indústria, comércio e consumidor. Fazem parte do Sindiminerais, 13 empresas associadas e que serão beneficiadas diretamente com o Plano de Logística Reversa.
Panificação – O setor de Alimentos de Origem Vegetal conta com 750 empresas associadas em todo o Paraná. Para Vilson Borgmann, presidente do Sipcep (Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado do Paraná), a grande vantagem é o amadurecimento da Logística Reversa no Estado. Segundo ele, um trabalho de conscientização com as empresas e consumidores será o primeiro passo. “Estamos em todos os cantos das cidades, em cada esquina tem uma panificadora ou confeitaria. O nosso trabalho será de extrema importância e o setor fica muito orgulhoso disso”, finalizou Vilson.
No Paraná são 4,5 mil estabelecimentos formalizados, que geram cerca de 70 mil empregos diretos e indiretos. O Paraná tem o maior consumo de pães e derivados per capita do Brasil. São 44kg enquanto no Brasil são 34kg per capita. Embalagens de pão, óleo de cozinha e resíduos orgânicos são alguns dos exemplos do que será reciclado dentro do sistema de logística reversa.
Construção Civil - O sindicato da Construção Civil promete implementar mecanismos necessários para a correta destinação de resíduos gerados nas obras, incluindo incentivo a inclusão de processos que reduzam a geração de resíduos. O presidente do Sinduscon-PR, José Eugênio Rizzi, disse que o setor pretende recolher itens como tijolos, ferros e tintas.
Logística Reversa – é o processo de retorno de produtos, embalagens ou materiais para o local aonde ele foi fabricado, ou seja, para o local de origem. A logística reversa responsabiliza fabricantes e importadores pela destinação adequada dos resíduos gerados pelos seus produtos - inclui a coleta, reciclagem e reaproveitamento dos materiais. Para as indústrias, o grande desafio da logística reversa é garantir que o produto pós consumo seja reutilizado, diminuindo custos e impactos ambientais, como contaminação do solo e aumentando a vida útil dos aterros sanitários.
Ainda na Fiep, o Secretário do Meio Ambiente, Caetano de Paula, participou da solenidade de abertura do Seminário sobre Sustentabilidade Empresarial, logística reversa na Construção Civil, onde enfatizou a importância do diálogo com os setores.
A ação, inédita no Paraná, permitirá o recolhimento de resíduos como estopa, óleo lubrificante usado, baterias de automóveis, embalagens de pão, madeira, ferro, tijolos, metais, sucata, restos de borracha, postes inutilizados, artefatos de concreto, cabos e entre outros.
Os planos contém todas as indicações do que os setores devem fazer para viabilizar na prática a logística reversa - conforme prevê a Lei Nacional de Resíduos Sólidos, nº 12.305/10 e a Lei Estadual. "O Paraná é o único estado que tem o Plano de Logística Reversa, ou seja, é o comprometimento do Estado com a indústria paranaense pela sustentabilidade. Significa que o que antes era considerado lixo, hoje volta para cadeia de produção. São milhões de toneladas de lixo que antes eram desperdiçadas e que agora temos como um novo produto agregado. Isso e um ganho para o setor produtivo e para o meio ambiente", afirma o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos Caetano de Paula Junior.
O prazo para a implementação dos planos - elaborados com a consultoria do SENAI do Paraná - é de 10 anos. Os sindicatos serão responsáveis pela gestão da informação, monitorando e levando à Sema as etapas e metas cumpridas.
O coordenador de resíduos sólidos da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Carlos Garcez, explica que como o assunto ainda é novo, é preciso que se tenha um prazo mais longo para a implantação e execução do sistema de logística reversa.
“O mercado ainda não está preparado para a Logística Reversa, por isso temos que pensar a longo prazo. É preciso dar um tempo considerável para que os setores implantem o sistema, já que é um plano minuncioso e depende da demanda de cada um dos setores envolvidos”.
Com a assinatura, a Secretaria do Meio totaliza 17 termos de compromisso já firmados com a Indústria, um avanço se comparado com a política de logística reversa do Governo Federal que só possui um termo de compromisso firmado até o momento.
Empresas – Rosângela Damasceno, gerente executiva do Sindirepa Paraná, que representa o setor de reparação de Veículos em Curitiba e Região Metropolitana, conta que o plano do setor atende 10 sindicatos de todo o Estado e que pretende fazer com que as empresas associadas tenham uma ação especifica de separação de resíduos e destinação correta do que geram. “A maior função do plano é fazer com que as empresas associadas cumpram as regras. Por isso, na primeira fase de implantação, vamos trabalhar com a conscientização, com a educação ambiental. Mostrar que seguindo o plano, todos ganham”, explica.
Uma cartilha para identificação dos resíduos e a implementação dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) nas empresas, já foi realizado pelo Sindirepa. Cerca de 400 empresas já aderiram ao programa interno e de acordo com Rosângela, a meta é que em 2015, mil empresas estejam prontas a aderir. Além do Sindirepa Paraná, o plano inclui também os sindicatos de reparação de veículos com base em outros nove municípios: Bandeirantes, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guarapuava, Maringá, Paranavaí, Ponta Grossa, Toledo e Umuarama.
Minerais Não Metálicos - Priscila Jaronski – responsável pela Logística Reversa do setor de Minerais Não Metálicos, disse que o segmento pretende antecipara meta de dez anos para cinco anos. O plano do setor de Minerais consiste basicamente em dar a destinação correta para os resíduos de óleo de caminhão, e para os pallets, muito utilizados neste setor. O plano é multisetorial, atingindo indústria, comércio e consumidor. Fazem parte do Sindiminerais, 13 empresas associadas e que serão beneficiadas diretamente com o Plano de Logística Reversa.
Panificação – O setor de Alimentos de Origem Vegetal conta com 750 empresas associadas em todo o Paraná. Para Vilson Borgmann, presidente do Sipcep (Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado do Paraná), a grande vantagem é o amadurecimento da Logística Reversa no Estado. Segundo ele, um trabalho de conscientização com as empresas e consumidores será o primeiro passo. “Estamos em todos os cantos das cidades, em cada esquina tem uma panificadora ou confeitaria. O nosso trabalho será de extrema importância e o setor fica muito orgulhoso disso”, finalizou Vilson.
No Paraná são 4,5 mil estabelecimentos formalizados, que geram cerca de 70 mil empregos diretos e indiretos. O Paraná tem o maior consumo de pães e derivados per capita do Brasil. São 44kg enquanto no Brasil são 34kg per capita. Embalagens de pão, óleo de cozinha e resíduos orgânicos são alguns dos exemplos do que será reciclado dentro do sistema de logística reversa.
Construção Civil - O sindicato da Construção Civil promete implementar mecanismos necessários para a correta destinação de resíduos gerados nas obras, incluindo incentivo a inclusão de processos que reduzam a geração de resíduos. O presidente do Sinduscon-PR, José Eugênio Rizzi, disse que o setor pretende recolher itens como tijolos, ferros e tintas.
Logística Reversa – é o processo de retorno de produtos, embalagens ou materiais para o local aonde ele foi fabricado, ou seja, para o local de origem. A logística reversa responsabiliza fabricantes e importadores pela destinação adequada dos resíduos gerados pelos seus produtos - inclui a coleta, reciclagem e reaproveitamento dos materiais. Para as indústrias, o grande desafio da logística reversa é garantir que o produto pós consumo seja reutilizado, diminuindo custos e impactos ambientais, como contaminação do solo e aumentando a vida útil dos aterros sanitários.
Ainda na Fiep, o Secretário do Meio Ambiente, Caetano de Paula, participou da solenidade de abertura do Seminário sobre Sustentabilidade Empresarial, logística reversa na Construção Civil, onde enfatizou a importância do diálogo com os setores.