No Dia Mundial da Alimentação, Secretaria do Meio Ambiente ressalta os benefícios da agricultura orgânica 16/10/2013 - 11:00
Nesta quarta-feira (16) é comemorado o Dia Mundial da Alimentação, data em que a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos ressalta a importância da agricultura sustentável para a preservação e o equilíbrio dos recursos naturais. A agroecologia - cultivo sem a intervenção de produtos químicos - é um exemplo de produção ambientalmente correta que conta com o incentivo do Governo do Estado.
Um termo de cooperação entre a Secretaria do Meio Ambiente, Instituto das Águas do Paraná (AguasParaná), Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) e Universidade Federal do Paraná (UFPR) tem tirado vários destes venenos das lavouras paranaenses.
O termo faz parte da etapa complementar da retirada de agrotóxicos proibidos pela legislação brasileira das propriedades rurais a partir da autodeclaração de produtores rurais. Desde 2009, eles têm o respaldo da Lei Estadual 16.082/2009 para declarar a posse desses produtos e entregá-los à incineração sem quaisquer sanções cíveis, penais ou administrativas.
Entre os agrotóxicos proibidos, o mais conhecido é o Hexaclorobenzeno (BHC), usado por muitos anos nas lavouras de café e algodão do Paraná e proibido em 1985 por causar câncer e contaminar o solo e os lençóis d'água.
“Não é possível falar em sustentabilidade da propriedade rural diante do perigo da contaminação do BHC para a saúde humana e para o meio ambiente. O Governo do Estado demonstra preocupação com os agricultores e suas futuras gerações”, afirma o secretário do Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida.
Pelo Programa de Recolhimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos, o Governo do Paraná já investiu mais de R$ 4,6 milhões na coleta, recebimento, acondicionamento e transporte do BHC. As indústrias, através da Inpev - representante das empresas fabricantes de agrotóxicos no Brasil -, investiram outros R$ 4,6 milhões na incineração.
Ao todo foram retiradas cerca de 1,3 mil toneladas de BHC de duas mil propriedades rurais no Paraná.
MERENDA - Outra ação do Governo do Estado de incentivo à produção agroecológica é a Merenda Escolar Orgânica. No ano passado, 456 escolas de 69 municípios paranaenses ofertaram alimentos orgânicos na merenda dos alunos das escolas estaduais. Este ano, já são 735 escolas, em 92 municípios e o número de fornecedores também subiu de 10 para 22 cooperativas e associações de produtores orgânicos.
A tendência de aumento da agricultura familiar e de orgânicos na merenda das escolas paranaenses deve continuar nos próximos anos.
FAO - No início deste mês de outubro, durante sua participação na Conferência Mundial sobre a Água, em Budapeste, na Hungria, o secretário Cheida se encontrou com o diretor geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), José Graziano, com quem conversou sobre as políticas públicas de segurança alimentar, no Paraná.
"Ele me disse que está priorizando esta área. Fiz o convite para que ele viesse ao Paraná conhecer as nossas ações e contribuir com elas", conta Cheida.
SUSTENTABILIDADE - Quando o uso do solo para a produção agrícola é feito de forma racional, com o manuseio correto dos recursos naturais, isso resulta em uma maior qualidade de vida tanto para o agricultor quanto para o consumidor, protegendo ainda a biodiversidade e o ambiente.
Enio Neth de Goss, sociólogo da Coordenadoria de Recursos Hídricos da Secretaria do Meio Ambiente, explica que são muitos os benefícios deste tipo de agricultura.“Para algumas pessoas, o alimento orgânico é sinônimo de alimento nutritivo, já para outras, é um alimento mais limpo e seguro. Mas acima de tudo, eles são alimentos produzidos de forma a causar nenhuma ou a menor poluição possível no ar, na terra e na água".
O especialista lembra que a maior preocupação deste tipo de agricultura é com relação ao solo, pois é preciso buscar fertilidade. Quando o solo é regenerado e fertilizado de maneira orgânica, as plantas crescem sadias e com um melhor desenvolvimento. Também não são utilizados produtos perigosos com grandes quantidades de nitrogênio, que contaminam a água potável.
Um dos grandes problemas ambientais atuais é justamente a questão da diminuição da diversidade biológica. Como a prática orgânica preserva as áreas cultivadas, ela impede também o desaparecimento de algumas variedades de grande valor nutritivo e cultural. Há ainda o respeito pelo equilíbrio da natureza como um todo, contribuindo na preservação dos ecossistemas.
Entretanto, Goss alerta para o fato de que alguns pesticidas proibidos em determinados países devido à sua grande toxicidade continuam sendo utilizados nos países da América Latina. “Estudos toxicológicos reconhecem a relação existente entre os pesticidas e certas doenças como o câncer, as alergias e a asma”.
Um termo de cooperação entre a Secretaria do Meio Ambiente, Instituto das Águas do Paraná (AguasParaná), Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) e Universidade Federal do Paraná (UFPR) tem tirado vários destes venenos das lavouras paranaenses.
O termo faz parte da etapa complementar da retirada de agrotóxicos proibidos pela legislação brasileira das propriedades rurais a partir da autodeclaração de produtores rurais. Desde 2009, eles têm o respaldo da Lei Estadual 16.082/2009 para declarar a posse desses produtos e entregá-los à incineração sem quaisquer sanções cíveis, penais ou administrativas.
Entre os agrotóxicos proibidos, o mais conhecido é o Hexaclorobenzeno (BHC), usado por muitos anos nas lavouras de café e algodão do Paraná e proibido em 1985 por causar câncer e contaminar o solo e os lençóis d'água.
“Não é possível falar em sustentabilidade da propriedade rural diante do perigo da contaminação do BHC para a saúde humana e para o meio ambiente. O Governo do Estado demonstra preocupação com os agricultores e suas futuras gerações”, afirma o secretário do Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida.
Pelo Programa de Recolhimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos, o Governo do Paraná já investiu mais de R$ 4,6 milhões na coleta, recebimento, acondicionamento e transporte do BHC. As indústrias, através da Inpev - representante das empresas fabricantes de agrotóxicos no Brasil -, investiram outros R$ 4,6 milhões na incineração.
Ao todo foram retiradas cerca de 1,3 mil toneladas de BHC de duas mil propriedades rurais no Paraná.
MERENDA - Outra ação do Governo do Estado de incentivo à produção agroecológica é a Merenda Escolar Orgânica. No ano passado, 456 escolas de 69 municípios paranaenses ofertaram alimentos orgânicos na merenda dos alunos das escolas estaduais. Este ano, já são 735 escolas, em 92 municípios e o número de fornecedores também subiu de 10 para 22 cooperativas e associações de produtores orgânicos.
A tendência de aumento da agricultura familiar e de orgânicos na merenda das escolas paranaenses deve continuar nos próximos anos.
FAO - No início deste mês de outubro, durante sua participação na Conferência Mundial sobre a Água, em Budapeste, na Hungria, o secretário Cheida se encontrou com o diretor geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), José Graziano, com quem conversou sobre as políticas públicas de segurança alimentar, no Paraná.
"Ele me disse que está priorizando esta área. Fiz o convite para que ele viesse ao Paraná conhecer as nossas ações e contribuir com elas", conta Cheida.
SUSTENTABILIDADE - Quando o uso do solo para a produção agrícola é feito de forma racional, com o manuseio correto dos recursos naturais, isso resulta em uma maior qualidade de vida tanto para o agricultor quanto para o consumidor, protegendo ainda a biodiversidade e o ambiente.
Enio Neth de Goss, sociólogo da Coordenadoria de Recursos Hídricos da Secretaria do Meio Ambiente, explica que são muitos os benefícios deste tipo de agricultura.“Para algumas pessoas, o alimento orgânico é sinônimo de alimento nutritivo, já para outras, é um alimento mais limpo e seguro. Mas acima de tudo, eles são alimentos produzidos de forma a causar nenhuma ou a menor poluição possível no ar, na terra e na água".
O especialista lembra que a maior preocupação deste tipo de agricultura é com relação ao solo, pois é preciso buscar fertilidade. Quando o solo é regenerado e fertilizado de maneira orgânica, as plantas crescem sadias e com um melhor desenvolvimento. Também não são utilizados produtos perigosos com grandes quantidades de nitrogênio, que contaminam a água potável.
Um dos grandes problemas ambientais atuais é justamente a questão da diminuição da diversidade biológica. Como a prática orgânica preserva as áreas cultivadas, ela impede também o desaparecimento de algumas variedades de grande valor nutritivo e cultural. Há ainda o respeito pelo equilíbrio da natureza como um todo, contribuindo na preservação dos ecossistemas.
Entretanto, Goss alerta para o fato de que alguns pesticidas proibidos em determinados países devido à sua grande toxicidade continuam sendo utilizados nos países da América Latina. “Estudos toxicológicos reconhecem a relação existente entre os pesticidas e certas doenças como o câncer, as alergias e a asma”.
