Para explicar melhor o projeto de conservação e valorização das florestas de Araucária, o coordenador de estratégias de conservação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Guilherme Zaniolo Karam, ministrou uma palestra no auditório da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos na tarde desta segunda-feira.

A Floresta com Araucárias ou Floresta Ombrófila Mista, já chegou a ter cerca de 20 milhões de hectares nos três estados do Sul, além de São Paulo, Minas Gerais, Paraguai e Argentina. Hoje existem menos de 3% da sua área original.

O Projeto Araucária + tem como principal objetivo amenizar a degradação desse ecossistema, que por causa das constantes atividades de exploração e manejo incorreto do solo, levou a araucária para a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção da União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).

O Projeto que foi estruturado em oito diferentes eixos prevê a viabilização de uso responsável para o pinhão e a erva-mate, que dependem da conservação da floresta para serem produzidos. Guilherme explica que a ideia é fazer com que o agricultor participe do Projeto de uma forma voluntária, fazendo uso correto de manejo das suas terras e da pecuária, para uma melhor conservação das araucárias. “O estudo é focado em pequenos e médios agricultores, que poderão aderir ao Projeto Araucária + de forma voluntária, fazendo um melhor uso das suas terras e separando uma área para o gado para que eles não prejudiquem a floresta, por exemplo”.

O Projeto Araucária + está sendo desenvolvido na região serrana de Santa Catarina, área estratégica de conservação da Floresta com Araucárias, e pela presença de espécies ameaçadas como o papagaio-charão e o papagaio-de-peito-roxo.