Projeto Parques do Paraná é apresentado na Convenção da Diversidade Biológica 02/10/2015 - 14:06

O projeto Parques do Paraná foi apresentado aos participantes da Convenção da Diversidade Biológica (CDB), que acontece em Curitiba e que prepara para a Conferência do Clima (COP21), que acontece em Paris, em novembro.

O Parques Paraná é um conjunto de ações e estruturação de unidades de conservação do Estado, para estimular a visitação pública e contribuir com a preservação do patrimônio natural e o desenvolvimento socioeconômico das comunidades do entorno.

A coordenadora de Biodiversidade e Florestas da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Sueli Ota, detalhou o projeto aos representantes da América Central, do Sul e do Caribe. Ela destacou a participação da sociedade no projeto.

“Teremos muitas contribuições das comunidades locais, para dar transparência ao que o Governo do Estado pretende alcançar com o projeto e o modo como será feito. Além disso, a participação permite ouvir para conciliar os anseios e sugestões de quem mais está perto dessas áreas”, disse Sueli.

JÁ COMEÇOU - O projeto foi lançado pelo governador Beto Richa em junho. Já começaram a ser executados o diagnóstico com as comunidades dos parques estaduais do Monge, na Lapa; Vila Velha, em Ponta Grossa; Ilha do Mel, no Litoral e do Guartelá, em Tibagi, nos Campos Gerais.

Técnicos do Instituto Semeia, que é uma ONG e uma das parceiras da Secretaria do Meio Ambiente no Parques do Paraná, estão conversando com lideranças sociais do entorno destes quatro parques. Uma segunda rodada de consulta com as comunidades será feita no fim do ano. “Nesta segunda fase será ampliada a participação social no projeto, com reuniões locais mais aprofundadas”, disse Sueli.

POTENCIAL - O Instituto Semeia é responsável por fazer o estudo de modelos de gestão dos parques, indicando potenciais áreas que possam ser concedidas à iniciativa privada, organizações sociais ou outros formatos de parceria com o Estado.

“O potencial ambiental, turístico e comercial dos parques, aliado às parcerias profissionais e investimentos compartilhados entre Estado e iniciativa privada, por meio de modelos de gestão sustentáveis, podem melhorar significativamente a conservação e, ao mesmo tempo, gerar renda, emprego para as comunidades das regiões dos parques, além de proporcionar lazer e turismo de mais qualidade para a população”, diz o secretário estadual do Meio Ambiente, Ricardo Soavinski.

O PROJETO - Com o Parques do Paraná, o governo estadual irá articular com os municípios ações para melhor receber os turistas, melhorar a infraestrutura dos parques e estudar modelos de gestão para cada unidade. Um dos grandes focos é estabelecer com a comunidade do entorno vínculos de parceria para geração de renda e de cuidados com o parque.

Além dos quatro parques que fazem parte o termo de cooperação com o Instuto Semeia, o projeto abrange, ainda, outros dez parques: Pico Marumbi, em Morretes; Serra da Baitaca, na Região Metropolitana de Curitiba; Cerrado, em Jaguariaíva; Rio da Onça, em Matinho; Mata dos Godoy, em Londrina; Campinhos, em Tunas do Paraná; Amaporã, em Amaporã; Lago Azul, em Campo Mourão e São Camilo, em Toledo.

O projeto todo envolve várias áreas do Governo, especialmente o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e as secretarias do Esporte e Turismo, do Planejamento e da Administração, o Instituto de Terras, Cartografia e Geociências (ITCG), Paraná Projetos, além do Sebrae-PR, Fecomércio e Ministério Público do Paraná.

A Secretaria do Turismo ficará responsável pela articulação com os municípios e a população do entorno dos parques em ações de empreendedorismo voltadas ao atendimento dos visitantes, como hospedagem, gastronomia e outras atividades que possam gerar renda.

TRATADO – A Convenção da Diversidade Biológica é um tratado da Organização das Nações Unidas e um dos mais importantes instrumentos internacionais relacionados ao meio ambiente.

A Convenção foi estabelecida durante a ECO-92 – a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), realizada no Rio de Janeiro em junho de 1992 – e é hoje o principal fórum mundial para questões relacionadas ao tema. A Convenção está estruturada sobre três bases principais – a conservação da diversidade biológica, o uso sustentável da biodiversidade e a repartição justa e equitativa dos benefícios provenientes da utilização dos recursos genéticos – e se refere à biodiversidade em três níveis: ecossistemas, espécies e recursos genéticos.

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