Conselho de Recursos Hídricos aprova metas do Progestão e investimentos para 2016 02/03/2016 - 12:10

O Governo do Estado vai recolher mais 400 toneladas do agrotóxico BCH armazenados em propriedades rurais no Paraná. Nesta terça-feira (1), o Conselho Estadual de Recursos Hídricos aprovou o plano de aplicação dos recursos do Fundo Estadual dos Recursos Hídricos, onde o recolhimento do BCH é uma das finalidades para 2016.

O Fundo de Recursos Hídricos conta ainda com outros investimentos previstos para 2016, como o Plano Estadual de Bacias para o Litoral do Paraná, apoio aos Pagamentos Por Serviços Ambientais, ações de combate à erosão, controle de cheias e outras aplicações, uma publicação didática sobre as Águas do Paraná, e outras iniciativas.

Os R$ 9,5 milhões de investimentos, aprovados por unanimidade pelo Conselho, são recursos de compensações financeiras, recolhidas pelo Instituto das Águas do Paraná. Para a retirada do BCH estão reservados R$ 2 milhões. “É mais uma etapa do esforço que o Paraná tem feito para resolver esse passivo ambiental e grande ameaça à saúde das pessoas”, disse o secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Ricardo Soavinski, presidente do Conselho.

BHC: Proibido na agricultura em meados da década de 1980, milhares de agricultores estocaram ou enterraram o agrotóxico em suas propriedades. A maior parte nas regiões Norte e Noroeste do estado, onde havia muitas lavouras de café e de algodão.

De 1998 até agora o Instituto das Águas do Paraná, vinculado à Sema, já recolheu 2.500 toneladas de BHC em 2.300 propriedades. Nessa nova etapa serão mais 400 toneladas em 640 locais. “Esperamos com isso zerar o passivo de BHC no Paraná. Alguns pontos ainda podem surgir, mas em escala muito menor”, disse o Ruy Muller, coordenador estadual de recolhimento de BHC.

Após o recolhimento, o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) se responsabiliza pela incineração do BHC, bancando metade dos custos.

Outro assunto debatido no Conselho Estadual de Recursos Hídricos foi a necessidade do cadastramento e de gestão das áreas contaminadas por óleos derivados de petróleo como querosenes, diesel e outros.

A técnica da Mineropar, Kátia Siedlecki, fez uma apresentação do tema aos demais integrantes do Conselho e a decisão foi de tratar o assunto numa Câmara Temática. “É um tema que deve ser tratado com muita seriedade e olhar técnico aprofundado”, disse Soavinski.

Na reunião do Conselho também foi aprovado a avaliação das metas do Pacto Nacional das Águas (Progestão) estabelecidas para o Instituto das Águas do Paraná.

GALERIA DE IMAGENS