Governo anuncia as três vencedoras do Prêmio Mãe Natureza 12/03/2014 - 07:00

A Secretaria estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos contemplou, na noite de terça-feira (11), com o Prêmio Mãe Natureza, três mulheres que se destacaram por suas ações na defesa do meio ambiente. As premiadas foram escolhidas entre as indicadas nas categorias Organizações Não Governamentais (ONGs), educação e iniciativa privada.

Lídia Lucaski, antropóloga e fundadora da Associação de Meio Ambiente de Araucária, foi indicada na categoria Organizações Não Governamentais (ONGs). Márcia Regina Lopez Arantes, geógrafa com trabalhos na área de meio ambiente, foi a escolhida dentre as indicadas pela iniciativa privada; e a professora Maria Leila Grabowski foi a escolhida dentre as indicadas na categoria ensino e pesquisa.

Para o secretário do Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, idealizador do Prêmio Mãe Natureza, a solenidade marca o início de uma ação em reconhecimento a todas as paranaenses que se dedicam em defesa da causa ambiental. "Sabemos que existem muitas mulheres que atuam na defesa da natureza e este prêmio veio para incentivar e agradecer esta contribuição", declarou.

INICIATIVAS - Lídia Lucaski dedicou toda sua vida em defesa do meio ambiente. Foi ativista política e percorreu a América do Sul lutando contra a ditadura militar. Ao voltar para a sua cidade, em Araucária, se deparou com níveis altíssimos de poluição emitida pelas indústrias e altos índices de uso de agrotóxicos. Criou então, em 1983, a Associação de Defesa do Meio Ambiente de Araucária (Amar), onde foi autora de mais de uma centena de ações civis públicas contra crimes ambientais. A Amar atua no Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

Emocionada, Lídia Lucaski comemorou a intenção do Prêmio. "Esta premiação é apenas o primeiro passo para que outras pessoas continuem trabalhando por um mundo melhor", declarou Lídia. Ela também recebeu uma homenagem do Fórum Ambientalista do Paraná durante a solenidade de entrega do troféu.

A premiada Maria Leila Grabowski é professora de Geografia no Colégio Estadual São Mateus, em São Mateus do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, onde desenvolveu com os alunos um projeto para fabricação de aquecedor solar com garrafas PETs, mostrando a possibilidade de utilizar materiais recicláveis e a importância do uso de fontes alternativas de energia. Maria Leila possui pós-graduação em educação ambiental, em psicopedagogia institucional, e em mídias na educação.

"É muito gratificante saber que um projeto que saiu de dentro do Colégio foi valorizado. Este prêmio fará com que os alunos acreditem ainda mais na importância de ações sustentáveis para o seu dia a dia", afirmou Maria Leila.

Márcia Regina Lopez Arantes, escolhida dentre as indicadas por trabalho realizado na iniciativa privada, é de Londrina e não pôde comparecer à solenidade. É perita e auditora ambiental, especialista em análise ambiental e mestre em geografia, meio ambiente e desenvolvimento pela Universidade Estadual de Londrina. Ela atua como diretora técnica da empresa Brasil Ambiental e é docente em cursos de pós-graduação.

Por telefone, Márcia disse ter se sentido lisonjeada com o prêmio, pois enfrentou algumas barreiras para atuar na área ambiental . "Vejo este prêmio de uma forma muito compensadora, porque quando comecei a trabalhar com meio ambiente as pessoas achavam um absurdo e que não teria mercado para isso. A segunda barreira foi o preconceito que enfrentei por ser mulher e trabalhar com meio ambiente", afirmou. "Então, este prêmio demonstra que vale a pena semear, persistir e não desistir de semear a consciência ambiental", afirmou.

TRANSPARÊNCIA - A Comissão Julgadora do Prêmio, que definiu as três mulheres contempladas com o Prêmio, foi composta por representantes da Secretaria do Meio Ambiente, representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Paraná (Crea-PR) e de organizações não governamentais (ONGs).

O representante do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Paraná, Antônio Borges dos Reis, acredita que o prêmio criado pelo Governo pode ser utilizado como modelo no país. "É uma ação que valoriza a contribuição social", ressalta.

A desembargadora Joeci Machado Camargo, representante do Tribunal de Justiça do Paraná, disse que a natureza pede atenção e o prêmio simboliza isso. "Que esta iniciativa sirva para nos ajudar a lembrar que o meio ambiente precisa, cada vez mais, de ações efetivas para sua proteção", enfatizou.

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