O programa Bioclima do Paraná foi levado à 11ª Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade Biológica (COP11), em Hyderabad, na Índia. O evento, aberto no último dia 8, prossegue até esta sexta-feira (19), com a participação de representantes de cidades, governos estaduais e ministros de meio ambiente de aproximadamente 100 países.

O plano de ação estadual para alcançar as metas internacionais de biodiversidade é composto por sete projetos técnicos, cujas metas devem ser atingidas até 2020. Em execução por meio de uma grande aliança entre setores público e privado, está sendo reconhecido internacionalmente como exemplo a ser seguido por governos estaduais de todo o planeta.

Durante a Conferência será lançada a publicação Cities and Biodiversity Outlook, documento sobre questões ambientais produzido por 123 cientistas e que teve a participação do governo do Paraná na proposição de estratégias. O documento reflete a necessidade de mudanças para se atingir o desenvolvimento sustentável. A imagem de capa da publicação é uma foto do Parque Barigui.

A COP11 é um evento realizado pela ONU com o objetivo de rever e definir planos de ação para o cumprimento da Convenção de Diversidade Biológica, criada na Rio92, e que vem sendo implementada desde então.

Na abertura da Cúpula das Cidades e Governos Estaduais para Biodiversidade, o secretário executivo da Convenção sobre Biodiversidade Biológica da ONU, o brasileiro Bráulio Dias, destacou que a participação de cidades e estados começou em Curitiba, durante a COP 8, na gestão do então prefeito Beto Richa. Para ele, “a biodiversidade é antes de tudo uma questão local e as participações subnacionais serão reafirmadas como uma das decisões da COP 11”.

PARTICIPAÇÃO - O Governo do Paraná está representado na COP 11 por Mariese Muchailh, coordenadora de Biodiversidade da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

Segundo ela, é preciso definir estratégias para que as principais causas de perda da diversidade biológica sejam reduzidas ou eliminadas. “Para isso é preciso haver coerência política e integração de temas de biodiversidade a todas as estratégias e políticas nacionais de desenvolvimento, em todos os níveis de governo, assim como no setor privado”, diz Muchailh.

“Entre as abordagens necessárias estão a comunicação, a educação e a conscientização pública, o uso de incentivos econômicos e a utilização ampla de ferramentas de planejamento como avaliações ambientais estratégicas, como prevemos no nosso Programa Bioclima Paraná”, afirma a coordenadora.