Resíduos Sólidos: representantes da região sul apresentam propostas em Curitiba 05/10/2011 - 18:30
O segundo dia de audiência pública do Plano Nacional de Resíduos Sólidos teve como destaque a participação de diversas cooperativas de materiais recicláveis, empresários do setor e representantes da sociedade civil. Os participantes puderam escolher e definir por meio de votação o regimento interno sobre a inclusão dos Catadores de Materiais Recicláveis no PNRS.
Temas como, responsabilidade compartilhada, o fim dos lixões (previsto para 2014), aterros sanitários, reciclagem, novas tecnologias, educação ambiental e resíduos perigosos, ampliaram os debates para o avanço e concretização da audiência. Enquanto os catadores reivindicam a aceleração das ações governamentais para o processo de inclusão, os empresários, por sua vez, esperam a entrada de novas tecnologias no mercado para garantirem uma eficiência maior aos negócios.
O representante dos Catadores de Materiais Recicláveis, Alexandre Cardoso, compreende e vivência toda a situação dos resíduos sólidos, e destacou, no âmbito da economia familiar, a necessidade da exclusão do sistema monetário vivida pela sua categoria. “Quando o catador é incluído, toda sua família é incluída e a economia cresce”, disse.
Para o representante do Instituto Socioambiental Brasil, Rubens Maluf Dabul, a iniciativa das audiências é fundamental para garantir um processo amplo e democrático, no que se refere à destinação adequada do lixo. “A nossa grande preocupação é em relação às novas tecnologias que estão entrando no mercado”, disse. Ele acredita que a solução para os problemas dos resíduos está neste tipo de iniciativa.
Ao fim dos debates entre os grupos temáticos, as contribuições foram apresentadas a todos os participantes por meio de uma plenária. As informações provenientes das audiências regionais e da consulta pública serão apreciadas pelo Comitê Interministerial, sistematizadas e incorporadas a versão preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos.
O documento será debatido na Plenária Nacional, que se realizará em Brasília.
Participaram da plenária regional de Curitiba, o coordenador de Recursos Hídricos, Atmosféricos, e Saneamento Básico, Eduardo Gobbi, o coordenador de Educação Ambiental, a Paulo Castela e a diretora da Resíduos Sólidos do Instituto das Águas do Paraná, Carla Mittelstaedt.
PANORAMA - O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Nabil Bonduki, destacou que considera a situação atual dos resíduos no Brasil irregular, baseando-se no diagnóstico realizado pelo Instituto de Políticas Econômicas (Ipea). Segundo as informações, 75% dos municípios brasileiros têm lixões, uma situação inadmisível diante dos debates realizados durante os dois dias de audiência.
“A alteração dessa realidade passa pela mudança de modelo. Temos de começar a mudar tudo isso a partir de nossas casas, no processo de produção industrial, para que tenhamos menos quantidade de resíduos indo parar nos aterros”, incentiva Bonduki.
O representante do Ipea, Albino Alvarez, ao apresentar o diagnóstico produzido pelo instituto, ressaltou a necessidade de o país aprender com a região Sul as atividades relacionadas à preocupação com o destino dos resíduos. “Aqui, essa preocupação é mais enraizada. É uma questão de educação.
O conjunto de experiências da região Sul deve ser compartilhada com o restante do País”, disse.
AUDIÊNCIAS – As audiências Públicas fazem parte do processo de construção do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, um dos instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Assim como a Consulta Pública, disponível no site do Ministério do Meio Ambiente, elas são instrumentos utilizadas pelo Estado para conversar com a população. Por meio delas é possível garantir a participação da sociedade na construção das políticas públicas.
Até o início de dezembro estão previstas cinco audiências. A primeira ocorreu em Campo Grande (MS) e reuniu todos os estados do Centro-Oeste.
A segunda foi realizada realizada em Curitiba e a terceira está marcada para ocorrer em São Paulo e em seguida serão realizados os encontros em Recife e Belém. Quem não pode participar da audiência em Curitiba, ainda pode fazer sua contribuição para a versão final do PNRS.
Basta acessar o site www.meioambiente.pr.gov.br e clicar no ícone "PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS" e escolher a opção documentos e em seguida clicar em consulta pública para então preencher o formulário online.
Temas como, responsabilidade compartilhada, o fim dos lixões (previsto para 2014), aterros sanitários, reciclagem, novas tecnologias, educação ambiental e resíduos perigosos, ampliaram os debates para o avanço e concretização da audiência. Enquanto os catadores reivindicam a aceleração das ações governamentais para o processo de inclusão, os empresários, por sua vez, esperam a entrada de novas tecnologias no mercado para garantirem uma eficiência maior aos negócios.
O representante dos Catadores de Materiais Recicláveis, Alexandre Cardoso, compreende e vivência toda a situação dos resíduos sólidos, e destacou, no âmbito da economia familiar, a necessidade da exclusão do sistema monetário vivida pela sua categoria. “Quando o catador é incluído, toda sua família é incluída e a economia cresce”, disse.
Para o representante do Instituto Socioambiental Brasil, Rubens Maluf Dabul, a iniciativa das audiências é fundamental para garantir um processo amplo e democrático, no que se refere à destinação adequada do lixo. “A nossa grande preocupação é em relação às novas tecnologias que estão entrando no mercado”, disse. Ele acredita que a solução para os problemas dos resíduos está neste tipo de iniciativa.
Ao fim dos debates entre os grupos temáticos, as contribuições foram apresentadas a todos os participantes por meio de uma plenária. As informações provenientes das audiências regionais e da consulta pública serão apreciadas pelo Comitê Interministerial, sistematizadas e incorporadas a versão preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos.
O documento será debatido na Plenária Nacional, que se realizará em Brasília.
Participaram da plenária regional de Curitiba, o coordenador de Recursos Hídricos, Atmosféricos, e Saneamento Básico, Eduardo Gobbi, o coordenador de Educação Ambiental, a Paulo Castela e a diretora da Resíduos Sólidos do Instituto das Águas do Paraná, Carla Mittelstaedt.
PANORAMA - O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Nabil Bonduki, destacou que considera a situação atual dos resíduos no Brasil irregular, baseando-se no diagnóstico realizado pelo Instituto de Políticas Econômicas (Ipea). Segundo as informações, 75% dos municípios brasileiros têm lixões, uma situação inadmisível diante dos debates realizados durante os dois dias de audiência.
“A alteração dessa realidade passa pela mudança de modelo. Temos de começar a mudar tudo isso a partir de nossas casas, no processo de produção industrial, para que tenhamos menos quantidade de resíduos indo parar nos aterros”, incentiva Bonduki.
O representante do Ipea, Albino Alvarez, ao apresentar o diagnóstico produzido pelo instituto, ressaltou a necessidade de o país aprender com a região Sul as atividades relacionadas à preocupação com o destino dos resíduos. “Aqui, essa preocupação é mais enraizada. É uma questão de educação.
O conjunto de experiências da região Sul deve ser compartilhada com o restante do País”, disse.
AUDIÊNCIAS – As audiências Públicas fazem parte do processo de construção do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, um dos instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Assim como a Consulta Pública, disponível no site do Ministério do Meio Ambiente, elas são instrumentos utilizadas pelo Estado para conversar com a população. Por meio delas é possível garantir a participação da sociedade na construção das políticas públicas.
Até o início de dezembro estão previstas cinco audiências. A primeira ocorreu em Campo Grande (MS) e reuniu todos os estados do Centro-Oeste.
A segunda foi realizada realizada em Curitiba e a terceira está marcada para ocorrer em São Paulo e em seguida serão realizados os encontros em Recife e Belém. Quem não pode participar da audiência em Curitiba, ainda pode fazer sua contribuição para a versão final do PNRS.
Basta acessar o site www.meioambiente.pr.gov.br e clicar no ícone "PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS" e escolher a opção documentos e em seguida clicar em consulta pública para então preencher o formulário online.