Sema discute Turismo no Baixo Rio Iguaçu com a comunidade de Capanema 27/08/2011 - 17:00

O Turismo no Baixo Rio Iguaçu como aliado no desenvolvimento sustentável da região sudoeste do estado foi o tema discutido nesta sexta-feira (26), durante uma reunião na Secretária de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA).Na oportunidade autoridades, técnicos e representantes da sociedade civil do Município de Capanema apresentaram ao secretário Jonel Iurk, idéias para o desenvolvimento de um plano para a regularização das atividades de turismo no Rio Iguaçu e entorno do Parque Nacional do Iguaçu.

O encontro contou com a participação do Prefeito de Capanema- Milton Kafer, do chefe do Parque Nacional do Iguaçu Jorge Pegoraro, do Superintendente da Ecoparaná Rafael Andreguetto, representantes da empresa Neo Energia, do Presidente da Associacão de Turismo Doce Iguassu (Capanema) Guilherme Nizer Neto e Cláudia Ferronato, Diretora de Turismo de Capanema.

O Chefe do Parque Iguaçu, Jorge Pegoraro explicou que desde 2005 aquela unidade de conservação tem incentivado atividades turísticas nas propriedades lindeiras, sendo que no Município de Capanema foi criado o Roteiro de Turismo Rural Doce Iguassu. “Foi aprovado recentemente um Plano de Uso do Rio Iguaçu, que normatiza os usos do rio, nos limites do parque, para atividades turística”’, destacou Pegoraro.

O Prefeito de Capanema, Milton Kafer, falou sobre a necessidade da regularização ambiental das propriedades rurais, já que as atividades de turismo estão inseridas em áreas de preservação permanente.

Para o Presidente da Associação de Turismo Doce Iguassu, a atividade turística no município vem crescendo, e a cada ano aumenta o número de visitantes. “Mas não é possível a melhoria da infraestrutura devido a ausência das licenças ambientais”, informou Guilherme Nizer.

O Secretário Jonel Iurk explicou que o governo tem procurado atender as demandas dos municípios adequando às exigências ambientais ao crescimento socioeconômico do Paraná. “Estamos dialogando com os diversos setores da sociedade e buscando estratégias de desburocratização dos processos de licenciamento ambiental. Para o caso da região de Capanema, deverão ser feitos estudos para o diagnóstico socioeconômico e ambiental das propriedades ribeirinhas , além do zoneamento da margem da área de preservação ambiental”, completou Iurk.

Os estudos necessários para a regularização ambiental das propriedades deverão ser realizados pela Ecoparaná em parceria com a prefeitura e a empresa Neo Energia. “O resultado do diagnóstico vai nos ajudar a referendar a viabilidade do projeto para posteriormente entrarmos com os recursos necessários”, destacou Tarcísio de Castro, representante da NeoEnergia. Ele disse ainda que a empresa acredita no potencial turístico local e pretende contribuir para o processo de desenvolvimento dos empreendimentos da região.

A intenção é formar uma parceria entre estado, município e empresas privadas para desenvolver um projeto de turismo sustentável utilizando a margem de todo trecho do rio que incorpora o Parque Nacional do Iguaçu.

Kafer disse ainda que ficou muito satisfeito com o resultado da reunião e explicou que os lindeiros desejam que turismo rural no município se torne uma referência, um modelo a ser seguido em todo o país.“Temos uma grande preocupação com o desenvolvimento da economia no município, e sabemos que a preservação dos recursos naturais é uma obrigação de todos”.finalizou.

ATRATIVOS- O plano de uso do rio no entorno do Parque Nacional abrande 193 propriedades rurais que começam na divisa da Argentina e vão até o final da unidade de conservação. No levantamento foram incluídas as que possuem algum atrativo, como cachoeiras e bosques, inclusive as que cultivam frutas, verduras e hortaliças produzidas sem agrotóxicos. Também farão parte do roteiro turístico o Camping Urutau e os balneários de Araucária, Marini e Pereti.

PRÓXIMA ETAPA- Os participantes definiram que haverá uma nova reunião no dia 16 de setembro, no município de Capanema. Os representantes do Ministério Público do Meio Ambiente serão convidados à conhecer o Plano e debater idéias com todos os parceiros envolvidos no projeto, que poderá resultar num Termo de Ajustamento de Conduta afim de possibilitar a regularização das propriedades rurais envolvidas no Roteiro Doce Iguassu.