Voluntários retiram lixo do Rio Marrecas 19/09/2011 - 12:20

Voluntários de diversas entidades retiraram quatro caminhões de lixo do Rio Marrecas, em Francisco Beltrão, no último sábado. O mutirão foi realizado durante o último sábado, 16, com a ajuda do Corpo de Bombeiros e do Exército, que utilizaram nove barcos para fazer a limpeza do rio. A iniciativa foi liderada pelas secretarias municipal e estadual de Meio Ambiente, Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Instituto Paranaense de Águas (Ipaguas), Sanepar e clubes de Rotary.

O trabalho de retirada do lixo começou no bairro São Miguel, em baixo da ponte da PR 483. Os voluntários se encontraram na rua que dá acesso ao campus da UTFPR no início da manhã. Durante o dia, o mutirão seguiu pelos bairros Cristo Rei, Luther King e encerrou no Guanabara.

Alunos dos colégios da Cango, Cristo Rei e Reinaldo Sass distribuíram panfletos às famílias que moram às margens do Rio Marrecas. "Acho que este trabalho é mais importante do que a própria limpeza do rio. Foi uma ação muito bonita, um alerta que ajuda a manter a conscientização de se preservar o meio ambiente", pontuou o secretário municipal Cléber Fontana.

Conforme Fontana, a proposta é que o mutirão de limpeza do rio seja realizado duas vezes ao ano. "Boa parte dos entulhos a última enchente levou. Mesmo assim teria que ter muitos dias, o que fizemos foi retirar uma parte do lixo que está no rio", comentou o secretário.
Também participaram como voluntários alunos do Projeto Formando Cidadão, estudantes de colégios estaduais e do Alliança. Os alunos visitaram casas e estabelecimentos comerciais de vários bairros, entregando decalques com lema pró-Rio Marrecas e sacos para colocação de lixo nos veículos.

Os voluntários recolheram lixo, entulhos, pneus, lonas, plásticos, rádio velho, isopor. A quantidade de produtos e lixos jogados no rio ou nas margens impressionou Jacir Caliscura, funcionário da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. "O pessoal não tem consideração com a natureza", lamentou.

O engenheiro agrônomo Juan Artigas, chefe do escritório regional da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, conta que há cerca de 30 dias percorreu o Marrecas, de barco, e viu vaso sanitário, vários tipos de móveis e dois animais mortos no rio. Desta vez ele se deparou com restos de confecções que estavam jogados às margens do manancial, próximo à ponte da PR 483. Naquela área, caminhões da Secretaria Municipal de Urbanismo, além de transportar o material colhido no rio, recolheram galhos de árvores que foram despejados por pessoas ou empresas nos fundos do Parque Alvorada.

Juan disse que as pessoas que participaram desta ação "estão apavoradas" com a quantidade de lixo. Para o chefe da Sema, é necessária a conscientização das pessoas para que não joguem lixo e outros produtos nos rios.