Secretaria e Ocepar conversam sobre controle de emissões de carbono do agro
20/02/2019 - 17:10

A busca é por habilitação de profissionais desse setor para utilização da metodologia de cálculo de emissões de carbono da agricultura e pecuária.


A emissão de carbono pela agricultura, pecuária e agroindústria foi um dos assuntos discutidos nesta terça (19) em reunião entre o engenheiro da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Turismo, José Rubel, e os técnicos da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Sílvio Krinski e Moisés Knaut Tokarski.

Uma das finalidades do encontro foi consultar a possibilidade da Ocepar, tendo em vista sua capilaridade e oferta de assistência técnica aos produtores rurais, apoiar a habilitação de profissionais desse setor a utilizar a Metodologia de cálculo de emissões de carbono da agricultura e pecuária desenvolvida pelo World Resources Institute (WRI), em parceria com a Embrapa e a Unicamp, a fim de se tornarem propagadores do método entre os produtores rurais.

Outro tema da reunião foi a adesão do agro ao Selo CLIMA PARANÁ,  instituído pela Secretaria e dirigido às empresas comprometidas com o desenvolvimento sustentável. Em 2019 o Selo está em sua 5ª edição e a premiação acontece no final do ano.

METODOLOGIA - Segundo Rubel, o agro poderá aderir a Metodologia WRI, já que ela contém fatores de emissões e remoções de carbono atmosférico para as atividades de produção de algodão, arroz, cana-de-açúcar, feijão, milho, soja, trigo, pecuária e pastagem, e compra de energia elétrica.

Ela é recomendada pelo Programa Brasileiro GHG Protocol, gerido pelo Centro de Estudos de Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas.

EMISSÕES – No Paraná, as emissões da Pecuária/Fertilização dos solos/Dejetos do agro representam 31%; Transportes 29% e Indústria 21% das emissões. Juntos somam 80% das emissões (1° Inventário Paranaense de emissões de Gases de Efeito Estufa, Sema 2012).

ESTRATÉGIAS – Reduzir as emissões de carbono é a principal estratégia para combater o aquecimento global e as mudanças climáticas, segundo explica Rubel.

“Para o setor produtivo, além de ser uma estratégia para reduzir os prejuízos provocados por temperaturas elevadas, precipitações e estiagens mais intensas, também concorre para a manutenção e ampliação da competitividade comercial, em especial nos mercados globais”, continua.

O agronegócio contribui com, aproximadamente, 30% no Produto Interno Bruto (PIB), sendo um dos setores básicos da economia paranaense. Em torno de 80% dos municípios paranaenses dependem diretamente do desempenho da safra.

POLÍTICAS – Para Rubel, política ambiental e política econômica são entrelaçadas. Políticas ambientais bem desenhadas são capazes de promover a inovação e a competitividade sistêmica de uma região. Um objetivo da política ambiental é combater o aquecimento global, que provoca as Mudanças Climáticas, afetando em especial os menos favorecidos.

A política econômica para o agro objetiva manter e ampliar a competitividade da produção paranaense em um contexto em que os principais destinos das exportações – União Européia, China, Estados Unidos - aumentam as exigências por produtos de baixo-carbono: grãos, farelo, carnes, açúcar, combustíveis, frutas, bens industriais.

O Paraná detém tecnologia e condições naturais favoráveis para que a eficiência energética, as energias renováveis, a agricultura de baixo carbono, a preservação dos serviços ecossistêmicos sejam instrumento de articulação entre a economia e o meio ambiente.



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